30.9.08

Funçionáril du Meis: Serginho Mobral

"Médico que falta é va-ga-bun-do! Assim como o são todos os adversários dos candidatos do meu partido!" Ui, que medo

Mesmo com a crise financeira americana com o charutão na boca - ou seja, doida pra vir pra cá - preferi eleger um elemento que traduzisse a realidade destas bandas de Pindorama, nossa tão querida Pindô. Afinal, já fazia um tempinho que eu estava doido pra meter um belo e merecido pau (em todos os sentidos possíveis, que fique bem claro) no governador Serginho Mobral Filho Júnior, o Serginho Mobral. Poucas vezes vi alguém tão despreparado ocupar o Palácio Guanabara - e olha que o clã (sic!) Littleboy emporcalhou aquela bosta durante oito anos.

A política de segurança, vocês sabem, é um desastre. A puxação de saco em relação ao governo federal, uma vergonha. Mas o que tá pegando é a falta de Maracugina que assola a mesa governamental. Qualquer coisinha que acontece, vista pela maioria da população como meramente corriqueira como policiais assassinarem inocentes ou médicos faltarem a plantões, são motivos de chilique e piti por parte do Mobral Filho Júnior. Mas é na campanha eleitoral, que termina em grande parte das cidades neste domingo, é que o bicho pega.

Na ânsia de eleger os candidatos a prefeito de seu partido, o PMDB (Partido Me Dei Bem), o maior partido de aluguel do Hemisfério Ocidental, o governador xinga os adversários deles de safados pra baixo. Uma coisa não se pode negar, porém. O cara é corajoso: um dos rivais é o Zito, que tem fama de usar métodos pouco ortodoxos de tratar os adversários políticos. De todo modo, é péssimo que o estado do Rio de Janeiro não consiga um governador que ao menos governe direito. Tô achando que isso é sina. Ou alguma coisa que botaram na caixa d'água das Laranjeiras.

27.9.08

Lá Vem o Negão

Com cara de paisagem, Baback Osama vislumbra um futuro promissor na Casa Branca. Falta combinar com o eleitorado, mas ninguém crê que isso seja um problema

As eleições presidenciais dos Estados Unidos têm um ar de déja-vù (é assim que se escreve?) para nós destas bandas de Pindorama, a nossa tão querida e amada Pindô. Afinal de contas, acontece naquele pedacinho de terra que fica entre Canadá e México algo muito parecido com o ocorrido por aqui há seis anos. Um governo reeleito quatro anos antes, desastroso e impopular, tem o seu candidato confrontado por um símbolo de mudança - e não é aquela feita de caminhão, de uma rua pra outra. Desta vez, o tal símbolo não usa barba nem tem um dedo a menos, mas faz o populacho quase que orgasmar diante de qualquer coisa que ele fale, mesmo que seja altamente metafórico e não faça o menor sentido.

Não por acaso, o senador afronegão Baback Osama é o grande favorito destas eleições, principalmente entre árabes e cubanos. É praticamente um "Peace and Love" em pleno Século XXI. Quer ficar bem com todo mundo, mesmo que seja apenas jogo de cena. Diante dessa estratégia marqueteira à Duda Frangonça, claro que depois de anos de hostilidades o pessoal vai querer mudar um pouco de ares.

Contribui pra esse anseio de mudança, mesmo que de forma involuntária, a imagem do cara da situação, o tal John McQuem?, o Zé Motosserra do Hemisfério Norte. Ele anda meio velho e alquebrado, e além do mais a sua vice causa mais medo do que aquele que o Lulla-Lá punha na Regina Duarte. Imaginem uma Heloísa Helena de direita, que acredita em Deus e usa sua fé como base de campanha. Agora, imaginem uma pessoa como essa com a possibilidade de ocupar a Casa Branca, mesmo que por um tempo só. Essa é a vice dos republicanos. Só de pensar nisso, já me gela a espinha.

Depois neguinho fala que o Brasil é atrasado. Pô, eleitoralmente falando, estamos exatos seis anos à frente dos americanos! O filme que está passando lá eu já vi há muito tempo aqui. O pior é que vai tudo acontecer igualzinho, só que em níveis mundiais. Os conchavos, o jeitinho e as alianças espúrias pró-governistas, desta vez, vão falar também em inglês. O meu consolo é que americano, ao contrário do brasileiro, pelo menos tem culhão e não vai deixar barato.

18.9.08

O que a Mardita Não É Capaz de Proporcionar

Aos que ainda me lêem, peço desculpas por ter ficado tanto tempo de fora deste espaço. É que tive uma tremenda dor de cabeça que me corroeu a paciência, e por causa disso só estou voltando agora. Mas né por nada não: a economia se estrepou de verde e amarelo (ou, no caso, de azul, vermelho e branco) e estou aqui, vivinho da Silva!!! Algumas empresas foram à falência aqui e alhures, mas estou cagando pra isso, assim como pra quem não está entendendo nada do que está escrito neste texto. É que bebi uma garrafa inteira de rum e estou louco pra pegar outra dor de cabeça e, conseqüentemente, mais uma licença médica de duas semanas.