31.7.07

Pan 2007: O Melhor, o Pior e o Mais ou Menos



Acabou-se a festa esportiva das Zaméricas, e estou doido pra começar a curtir minhas férias porque ninguém é de ferro. Afinal de contas, esse meio de ano foi enlouquecedor: Copa América e Jogos Pan-Americanos em seqüência não são pra qualquer um.

De todo modo, opino aqui sobre o que de melhor, o que de pior e o que de mais ou menos aconteceu no Rio por estes dias de julho. Aproveitem porque não é todo dia que dou essas opiniões de graça.

O MELHOR: As instalações esportivas (com raras exceções). O clima da primeira semana (com exceção da aerocagada de Congonhas). A mulherada atlética. A chuva de medalhas (os Estados Unidos não levaram seus melhores atletas? Problemas deles, ora bolas!). As belas imagens que hão de ficar em nossas retinas. A confirmação do vôlei masculino como o melhor do mundo, e a afirmação do futebol feminino. A cerimônia de abertura (senti-me em Sydney quando vi - e olha que eu ainda estava na Venezuela!).

O PIOR: Os campos de beisebol e softbol, que mais pareceram ter sido feitos de lama e papelão, além do Morro do Outeiro. A vaialhada da torcida. O cachorro-quente morno, o hambúrguer gelado e o refri quente. As chuvas de julho (os jênils que marcaram esse troço pra julho não previram isso no inverno, não?). A amarelada do vôlei feminino. O Tabajara Hóquei Clube que representou o Brasil. A cerimônia de encerramento (por que será que, em competições esportivas, o que a abertura tem de emocionante o encerramento tem de chato?).

O MAIS OU MENOS: O tema "Viva Essa Energia" (que muitos mudaram para "Viva a Cervejinha", e quase trocaram pra "Viva o Cafezinho", tamanho o frio que dominou o final dos Jogos). Meio emocionante, meio chato, meio mussarela. Fora isso, mais nada. Esse foi o Pan dos extremos.

28.7.07

Estou Vivo

Calma, gente, eu não morri - se é que alguém me lê. É que ando trabalhando feito um louco nesses Jogos Pan-Americanos e não tenho tempo pra fazer mais nada. Assim que tiver um tempinho posto aqui a entrevista que fiz em Caracas com o ditador da América do Sul. Depois eu volto, na semana que vem.

20.7.07

Que Merdas!

Bandeiras a meio-pau no Estádio de Remo da Lagoa: algo tão bonito acaba por ser estragado pela incompetência pública

Quando as coisas pareciam ir bem, algo acontece e caga a porra toda. Foi o que houve nesta terça-feira, quando ocorreu mais um capítulo da crise aeroporca nacional. Desta vez, a maior tragédia aérea do que tem notícia no Brasil.

Nem precisa dizer que o Pan se sentiu atingido pelo fato. Três dias de luto oficial fizeram as bandeiras ficarem a meio mastro até o dia de hoje. E o pior de tudo é ver dois aspones do Lullita comemorarem o fato de a cagada não ter sido tão governamental assim. Como se as condições dos nossos aeroportos não lhes fossem de tanta responsabilidade assim. Nojentos!

Enfim, vida que segue. E o Pan está aí. Vai até o dia 29. E, depois, voltaremos ao normal...

15.7.07

Diário (ou Quase Isso) da Chapolândia: 90 Mil Vaiaram no Maraca, Mas Ninguém Vaiou em Maracaibo

Os brazucas comemoram mais um título sobre os platineiros: rotina longe de ser chata e monótona, apesar de até ficar com peninha deles e de sua inferioridade moral

Hoje, os brasileiros derrotaram a vizinhança de baixo por 3 a 0 e, mais uma vez, mostraram a sua força apesar do nariz empinado de alguns fiéis fãs do Mamadona como Esteban Escrotille, digo, Crustille, que levaram uma estrondosa peia rabo adentro com outra exibição de gala da Seleção diante dos zargentinos. E olha que o Adriano nem foi convocado.

Mas vamos deixar esses assuntos corriqueiros de lado pra mais uma furada jornalística exclusiva do Carrapatadas: poucos sabem por que o ditador bolivaro-venezuelense Huguinho Chapolim não compareceu tanto na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio (daqui da Venezuela, mesmo que em espírito, dei minha contribuição em cada uma das seis vaias ao Lullita) quanto na final da Copa América? Pois é. Porque eu não deixei!

Explico. Durante esta semana (pra falar a verdade, desde a quarta-feira até a tarde de hoje), fiquei de pé diante do Palácio de Miraflores pra tentar entrevistar o Chapolim, questionando-lhe sobre assuntos pertinentes como o fechamento da RCTV e o cerceamento da liberdade no país. O cara ficou tão encafifado com isso tudo (vai que ele tenha pensado que eu fosse um jornalista do diário The Washington Post) que se recusou a sair do palácio-sede do Reino Encantado da Chapolândia.

Até que, doido pra se livrar de mim e acompanhar in loco a decisão da Copa América em Maracaibo, ele perdeu pelo cansaço e decidiu ser entrevistado por minha pessoa! A íntegra será publicada pelos próximos dias. Depois da entrevista, fui a Maracaibo (e cheguei a tempo de acompanhar a segunda etapa da final em que o Brasil aplicou um chocolate na argentinada). Ele, porém, não... Vai ver ele temia se encontrar comigo no estádio, vai saber. Vocês acham que ele não compareceria a um evento importante para o país, com milhares de pessoas a lamber-lhe os bagos? É ruim, hein? Se tivesse ido, eu seria possivelmente o único a vaiar o Chapolito. Se noventa mil vaiaram no Maraca, seria um solitário vaiador orgulhoso em Maracaibo.

7.7.07

Diário (ou Quase Isso) da Chapolândia: Puerto La Cruz, Terra de Contrastes e de Marlboro

O maior porto de Puerto La Cruz (pelo menos foi o que me disseram): a cidade está em polvorosa com a Selecinha C do Brasil. Imaginem se fosse a do Pelé

Enquanto coço o saco esperando as próximas partidas, que serão hoje (o Brasil encara o Chile num jogo de vida ou socialismo), passeio pela cidade de Puerto La Cruz, que tem a vantagem de ter um campo de treinamentos ao lado do estádio. É só treinar um pouquinho e jogar logo depois, sem se matar em estafantes viagens de ônibus.

A cidade tem esse nome graças a uma imensa cruz azul situada numa praça após a principal avenida da cidade. Os restaurantes são bem mais-ou-menos, e as estradas são bem precárias. O governador de Anzoátegui (região onde fica a cidade) parece o Saddam Hussein de tanta foto que ele tem espalhada pelas ruas da cidade. Deve ser um projeto do Chapolim, vai saber. Prefiro interpretá-lo como uma mistura do ditador bolivaro-venezuelense com o Cheirando Pollor. Ou seja, perigo em dose dupla.

Se o Brasil sambar fora hoje à noite e o caos aéreo deixar, volto ao Brasil nesta quinta, a tempo de acompanhar os Jogos Pan-Americanos. Dá tempo de fazer algumas reportagens sensacionalistas e entrevistar os desdentados populares.

5.7.07

Diário (ou Quase Isso) da Chapolândia: Chapolim Tá de Beicinho e Não Quer Brincar de Mercosul

Nesses últimos dias, as chapolices venezulo-bolivarianas transcendem o inominável de tão absurdas que andam. Dando uma de Anthony Littleboy e sua hilária greve de fome, o neoditador bolivariano Huguinho Chapolim afirmou que, em protesto contra o Congresso brasileiro (ou seja, o roto falando do esfarrapado), está pensando seriamente em desistir do Mercosul. Ora pelotas, não quer brincar, nem pegue o elevador pra descer pro parquinho. Aliás, nem liga o Playstation. Agora dá licença que eu vou dormir.

1.7.07

Diário (ou Quase Isso) da Chapolândia: Brazucas Tremem Só de Pensar em Repetir 1987

Neste domingo, o Brasil enfrenta o Chile, pela segunda rodada da primeira fase da Copa América. Como todos sabem, enfrentamos os chilenos várias vezes. Ganhamos umas, perdemos outras, empatamos algumas. Prefiro me lembrar do jogo de 1991, quando ainda lutávamos pelo título e ganhamos deles por 2 a 0 na última rodada da fase final, em pleno Estádio Nacional. Ou do de 1999, quando vencíamos por 1 a 0 e levávamos sufoco, até que um abençoado nevoeiro cobriu Ciudad del Este e forçou o final da partida antes do tempo esgotar. Mas não adianta: o fantasma de 1987 não nos sai da cabeça.

Naquele ano, a competição deixou de ser disputada em jogos de ida e volta pra ser realizada num único país-sede. O Brasil caiu num grupo com Venezuela e Chile. Pareceria mole. Tanto que, na estréia, o Brasil goleou a Venezuela por 5 a 0. Os chilenos derrotaram os venezuelanos por 3 a 1, e o Brasil precisava de um simples empate. Mas o Chile passou por cima da Seleça: 4 a 0, dois de Basay e mais dois de Letelier.

Naquele ano os chilenos foram vice-campeões duas vezes: da própria Copa América (perderam para o Uruguai por 1 a 0) e do Pan de Indianápolis (perdendo para o... Brasil! A vingança não tardou e muito menos falhou).

Vamos recordar os bons momentos! Esse final foi pra botar a mensagem pra cima...