15.7.07

Diário (ou Quase Isso) da Chapolândia: 90 Mil Vaiaram no Maraca, Mas Ninguém Vaiou em Maracaibo

Os brazucas comemoram mais um título sobre os platineiros: rotina longe de ser chata e monótona, apesar de até ficar com peninha deles e de sua inferioridade moral

Hoje, os brasileiros derrotaram a vizinhança de baixo por 3 a 0 e, mais uma vez, mostraram a sua força apesar do nariz empinado de alguns fiéis fãs do Mamadona como Esteban Escrotille, digo, Crustille, que levaram uma estrondosa peia rabo adentro com outra exibição de gala da Seleção diante dos zargentinos. E olha que o Adriano nem foi convocado.

Mas vamos deixar esses assuntos corriqueiros de lado pra mais uma furada jornalística exclusiva do Carrapatadas: poucos sabem por que o ditador bolivaro-venezuelense Huguinho Chapolim não compareceu tanto na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio (daqui da Venezuela, mesmo que em espírito, dei minha contribuição em cada uma das seis vaias ao Lullita) quanto na final da Copa América? Pois é. Porque eu não deixei!

Explico. Durante esta semana (pra falar a verdade, desde a quarta-feira até a tarde de hoje), fiquei de pé diante do Palácio de Miraflores pra tentar entrevistar o Chapolim, questionando-lhe sobre assuntos pertinentes como o fechamento da RCTV e o cerceamento da liberdade no país. O cara ficou tão encafifado com isso tudo (vai que ele tenha pensado que eu fosse um jornalista do diário The Washington Post) que se recusou a sair do palácio-sede do Reino Encantado da Chapolândia.

Até que, doido pra se livrar de mim e acompanhar in loco a decisão da Copa América em Maracaibo, ele perdeu pelo cansaço e decidiu ser entrevistado por minha pessoa! A íntegra será publicada pelos próximos dias. Depois da entrevista, fui a Maracaibo (e cheguei a tempo de acompanhar a segunda etapa da final em que o Brasil aplicou um chocolate na argentinada). Ele, porém, não... Vai ver ele temia se encontrar comigo no estádio, vai saber. Vocês acham que ele não compareceria a um evento importante para o país, com milhares de pessoas a lamber-lhe os bagos? É ruim, hein? Se tivesse ido, eu seria possivelmente o único a vaiar o Chapolito. Se noventa mil vaiaram no Maraca, seria um solitário vaiador orgulhoso em Maracaibo.

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