31.8.08

Funçionáril du Meis: Carlos Arthur, o Nuzman

Enquanto nossos atletas se estrepam, o nosso "dirijênti" maior dá algumas embromadas

Como todos sabemos (e eu tive o desprazer de acompanhar in loco, entre um escorpião frito e outro), o Brasil levou peia nas Olimpíadas de Pequim. Pra falar a verdade, o Brasil virou um imenso Botafogo neste mês de agosto que se encerra: perdia finais e depois chorava. Ganhava chorado e depois chorava. Se bobear, até empatava e depois chorava. Choveu canivete durante as Olimpíadas, pra quem não se lembra. Tô achando que não era chuva coisíssima nenhuma: eram, sim, as lágrimas de esguicho, causadas pelo chororô intenso de nossos atletas.

O governo lullalau deu uma bilheta de reais pro COB preparar nossos atletas pra disputar as Olimpíadas de Pequim - o problema é que faltou separar um pouco pra pagar um belo time de psicólogos que ajudassem nossos atletas a segurar o rojão. Resultado: menos medalhas do que todo mundo previa. Só que nem todos viram assim. Aliás, só um viu assim: o próprio presida do COB, Carlos Arthur, o Nuzman, que teve a cara-de-pau de afirmar que o Brasil teve a melhor participação olímpica de sua história... Sem comentários.

22.8.08

Jogos Olímpicos da Emolândia


É impressionante a capacidade, digamos, exageradamente emotiva dos nossos atletas nestas Olimpíadas de Pequim. Eles ganham medalhas, e choram. Eles perdem medalhas, e choram. Eles fazem performances espetaculares, e choram. Eles se estabacam no chão, e choram. Nesta Olimpíada, o Brasil virou um imenso Botafogo (que me perdoem os alvinegros): perde finais... e chora.

O chororô de proporções mastodônticas revela o quão emocionado - prefiro dizer "emo", mesmo - é o povo brasileiro, aquele tão lindo e trigueiro. Isso tudo tem um motivo que nós conhecemos muito bem: falta de calma pra superar a pressão de disputar uma Olimpíada. Isso acontece desde que o mundo é mundo, não tem jeito. Se um bom psiquiatra não resolver, faço uma sugestão aos nossos dirigentes esportivos para os Jogos de 2012: façam uma maquiagem em cada um dos nossos atletas. Mas uma maquiagem daquelas bem pesadas. Assim que perder por falta de calma pra lidar com a pressão, ela será devida borrada pra mostrar ao mundo inteiro nossas caras de choro emo.

Só assim pra gente aprender a superar essa dificuldade, mas nem que seja na marra. Se nem assim adiantar, basta que recolhamo-nos a nossa insignificância. Afinal de contas, Olimpíada não é pra amadores. Como diria o Sr. Créu, é pra quem tem disposição e habilidade.

13.8.08

As Olimpíadas Corroem o Meu Tempo...


...e me impedem de passar por aqui. Estou em Qinhuangdao (demorei um tempão pra escrever o nome dessa cidade direito) pra cobrir o jogo entre China e Brasil, no futebol masculino.

Aqui termina a Muralha da China, graças a Deus. Eu já não agüentava mais aquela infinidade de muro na minha frente.

6.8.08

Shenyang, Terra de Marlboro e de Prédios Esquisitos

Nove da matina aqui em Sheny (olha a intimidade com a cidade, depois de apenas dois dias), e ainda tem coisa que não entendi por aqui (preciso parar com essa mania de ficar rimando as palavras). Esse prediozão redondo, por exemplo. Seria homenagem a um moinho, ou um tamborzão gigante? Fui verificar e vi que se tratava da recém-inaugurada filial de Shenyang da Pizzaria La Trombatta, que ainda vai dominar o jogo. Bati um ranguinho básico, como a Pizza de Lacraia à Hu Jintao, e fui felizão pro estádio, assistir ao zero a zero entre Brasil e Alemanha, no futebol feminino.

5.8.08

Última Parada Antes de Shenyang

Praça da Paz Celestial, algo que não propriamente honra o nome: a foto foi uma tentativa um tanto frustrada de identificar quantos chineses estavam à paisana. Acho que eram todos, mas não consegui provar

Enquanto o Brasil treina pra estrear nas Olimpíadas na quinta-feira (porque o pessoal daí só se importa mesmo com o futebol masculino, ô monocultura dos infernos), estou em Shenyang pra acompanhar os treinamentos. A mais recente fotografia, acima, é a da Praça da Paz Celestial numa típica tarde de domingo. A bunda estreita, digo, banda larga daqui da China é tão vagabunda que só consegui postar alguma coisa agora. Portanto, que ninguém se surpreenda se houver um atraso pequeno de dois ou três dias entre uma informação e outra. Bem que tentei fotografar o treino da Seledunga aqui em Shenyang, mas os seguranças daqui não dão mole. Em breve, tem mais.

2.8.08

Pequim, Terra de Contrastes, Poluição e Bicicletas

Assim que cheguei à capital chinesa, tratei-me logo de adaptar-me à cultura local pegando uma magrela qualquer na rua

As Olimpíadas vêm aí (faltam seis dias!), e Pequim ferve! Como não sou bobo nem nada, já cheguei à cidade para cobrir o evento. Separei a minha máscara antigás, a minha fantasia de monge tibetano e fui à luta. Claro que usei somente a máscara, pois não sou maluco de tentar encarar aquelas putrefatas prisões chinesas por desafio às zotoridade.

O meu colega de "A Trombada!", o estimado Pee Careta, veio junto pra cobrir os Jogos e juntos fomos encarar o melhor da gastronomia chinesa, como fazemos sempre. Fomos ao primeiro restaurante encarar uma cachorra assada, nobre iguaria oriental, e uns escorpiões de sobremesa pra dar liga. Amanhã, yakisoba. Depois de amanhã, arroz sem sal. Terça-feira, rolinho-primavera. Quarta e quinta... Shenyang, porque o futebol começa antes do restante das Olimpíadas.

Até que o ar não está tão poluído quanto estava até bem pouco tempo atrás. O céu estava até azul, que beleza! O prefeito daqui deve ter contratado uma Fundação "Cobla Colal" da vida pra melhorar o tempo da cidade. Assim, é até bom, que minha respiração melhora. Tossi um bocado desde que cheguei aqui ontem à noite, o que mostra que ainda há o que melhorar. O foda é que, depois das Paraolimpíadas, em setembro, volta tudo ao normal, que saco.

A piada é bem velha, mas o fato é que nunca vi tanto chinês junto na minha vida. A última vez que isso aconteceu foi logo no comecinho da minha carreira, quando cobri pelo jornal "Tribuna Picapiroquense" a 1ª (e única) Convenção de Pasteleiros do Norte Fluminense e do Sudeste de Minas. Vários sinodescendentes abrilhantaram aquele evento em 2000. Velhos tempos que não voltam mais...

Dia qualquer eu volto com mais impressões de Pequim. As primeiras foram muito boas, eu juro.